Ouvidoria – 18 anos
Um dos principais canais de comunicação entre a comunidade universitária interna e externa e a gestão da Universidade Federal de Santa Catarina, a Ouvidoria completa, no dia 28 de maio, 18 anos de serviços prestados. Nesse período, o setor atendeu mais de 7.200 demandas, entre pedidos de informações, reclamações, denúncias e sugestões.
O ouvidor da UFSC, Arnaldo Podestá Jr., lembra que o pedido de criação da Ouvidoria tramitou no Conselho Universitário (CUn) em 1984 e em 1994, sendo rejeitado ambas as vezes. “Em 1996, o então reitor Rodolfo Pinto da Luz criou a Ouvidoria por meio da Portaria nº 671/GR/96,” conta. Podestá é o quarto ouvidor da Universidade e o primeiro técnico-administrativo em Educação à frente do setor.
Antes de ser ouvidor, Podestá era um ávido usuário desse canal de comunicação. “Eu era um dos que mais usava a Ouvidoria. Quando assumi, não sabia nada sobre como ela funcionava e fui aprendendo. Hoje temos uma das melhores ouvidorias universitárias do Brasil, com convites para falar em várias instituições, recebendo visitas de muitas outras que vêm ver como é o nosso trabalho”, destaca.
Os olhos brilham quando Podestá avalia seu trabalho, que exerce desde 2004. “É gratificante. Eu estou na Universidade por mais de 30 anos e venho trabalhar todo dia na Ouvidoria como se fosse meu primeiro dia de trabalho. Adoro mesmo o serviço que eu faço”, orgulha-se. Podestá hoje faz parte da diretorias nacional e regional da Associação Brasileira de Ouvidores e é vice-presidente do Fórum Nacional de Ouvidores Universitários, cuja reunião anual acontecerá em agosto na UFSC.
Nos últimos 18 anos, a Ouvidoria recebeu 7.224 demandas. Os principais contatos são categorizados como reclamações – foram 769 em 2013. Ultimamente o maior número delas diz respeito às questões da segurança e das festas no campus. “A resolução desses problemas é lenta, mas já podemos comemorar que existem comissões e grupos de trabalho focados nessas questões”, ressalta.
O ouvidor lembra de reclamações antigas que foram atendidas com resultados muito positivos e de outras que continuam fazendo parte das demandas da Ouvidoria. “A maternidade do HU nasceu de reclamações na Ouvidoria. A cobertura da piscina do CDS também é fruto de uma demanda que chegou aqui. Já uma das questões mais antigas é a iluminação na UFSC, que foi uma das primeiras demandas da Ouvidoria, em 1996, e que hoje já tem projeto de modernização e melhoria”, salienta.
Entre as necessidades do setor, Podestá ressalta que precisa de uma equipe maior. Um novo servidor será contratado para substituir o técnico que foi transferido recentemente. Outra melhoria que está sendo estudada é a implantação de uma ouvidoria no Hospital Universitário. Mesmo trabalhando somente com o auxílio de uma estagiária, Arnaldo conta que acolhe todos os pedidos que chegam até ele. “Inclusive quando não está na nossa alçada, como questões de assédio moral e sexual, a gente recebe a pessoa, orienta a montar o processo administrativo e a levá-lo ao protocolo. Ninguém deixa de ser atendido”, garante o ouvidor.
Podestá explica que quando uma demanda chega, ela é numerada e armazenada no banco de dados após uma triagem. Em seguida, é encaminhada para o órgão superior que tem jurisprudência sobre o assunto em questão, com o prazo de 72 horas para resposta. “Não quer dizer que vai ser resolvido dentro desse prazo, mas nós precisamos passar para a pessoa que solicitou alguma informação que a questão está sendo solucionada”, explica. “Se não fosse por isso, não precisaria haver uma ouvidoria. Ela existe para auxiliar a Administração a saber das necessidades da comunidade e a agir em cima disso”, afirma. Todas as demandas são comunicadas à Administração Central da UFSC em um relatório mensal, que auxilia o planejamento de ações prioritárias para a Universidade.
A Ouvidoria da UFSC atende também as demandas dos campi, que chegam principalmente por e-mail. “Preferimos que a pessoa envie sua solicitação on-line, por meio do formulário no nosso ‘Fale Conosco’, que qualifica melhor a demanda”, explica. A Ouvidoria atende por e-mail, telefone, fax, cartas, caixas coletoras e pessoalmente, no piso térreo da Reitoria.